segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Muro de Berlim Brasileiro!


O muro de Berlim foi derrubado há exatamente 20 anos atrás. E depois de sua derrubada muito se comemorou. Enfim, a então Alemanha Oriental e Ocidental, tornar-se-ia somente uma Alemanha, não mais separada por um muro, pela vergonha da divisão do capitalismo e comunismo. Agora ela seria A Alemanha!
1989! Seria um novo começo? Teria acabado a raiz de todo o mau? A exposição da grotesca da separação entre as duas “alemanhas” então tinha sido desraigada. Os meios de comunicação em massa transmitiam a esperança de um novo mundo, um novo começo. Em todo o canto só escutava-se gritos de alegria, felicidade. Todos estariam de alguma forma ganhando com aquilo. Entraríamos os anos 90 com o pé direito. A festa não era só dos alemães, mas do planeta todo. A democracia, cidadania, o respeitos aos direitos humanos, a paz, a solidariedade estavam sendo concretizados naquele momento!
Certo, tudo se fez maravilhoso após 10 de novembro de 1989... Mas, e hoje? Será que já conseguimos destruir todos os “muros da vergonha” que tanto nos assolam? Ou a denominação “muro da vergonha” só serve àqueles muros que apresentam alguma ameaça ao então poderoso capitalismo?
Vamos atentar para o caso de nós brasileiros. Qual seria a nossa “vergonha”? O que divide a sociedade em dois “Brasis”? A violência e a segurança de uma minoria? As roupas e grifes e a flanelinha na rua? A escola pública e a particular? Os brancos e negros? Machismo e feminismo? Heteros e homossexuais? Favelas e bairros burguese? Casebres e mansões? ...
Muito ainda há de ser feito para que realmente os nossos “muros” sejam derrubados. Ainda há muita hipocrisia na sociedade. O Brasil que se diz acolhedor, solidário, é o mesmo que põe fogo em índio que dorme na praça, humilha aluna em universidade por causa de sua vestimenta, sequestra centenas de pessoas por ano, não prioriza a educação, não dá segurança à sociedade, policias participam do crime organizado, entre outros males que, não existem somente no Brasil, mas que nos torna um dos países com índice mais alto em desigualdade, descaso e descuido da população.
“É o jeitinho brasileiro”, diz o homem que está conformado com todo esse mau. “Não tem mais jeito”, sussurra aquele que não tem mais esperança. De certa forma, fica difícil ter esperança no meio de tanta maldade quem vem ocorrendo. Não dá pra olhar pro futuro e ver um Brasil melhor, sem corrupção. Mesmo pagando todos os impostos, estamos sujeitos à sorte diariamente. Quem sabe numa saída dessas não seremos abordados por um assaltante? Ou nosso carro tentará desviar de um buraco e baterá contra um poste? Ou, até mesmo dentro casa, uma bala perdida entrará pela janela e nos atingirá?
Viver no Brasil é viver realmente uma aventura. Apesar de tantas belezas naturais, culturais, apesar de possuir uma sociedade em que alguns ainda são e boa índole, muito há de fazer-se para que esse quadro social mude, para que a população perceba a mudança que necessitamos, a corrupção se desfazendo, a conscientização dos políticos em atender à necessidade social, os que são responsáveis pela segurança fazendo corretamente seu trabalho, aqueles que comentem delitos, sejam ricos ou pobres, sendo punidos de acordo com sanções previstas em leis... Enfim, um Brasil que não fique preso somente na Constituição, mas que está própria Constituição concretize-se para, assim, haver a tão utópica e apreciada justiça!

Um comentário:

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